Baú de memórias: profecias!

                      Hoje ao acordar,  comecei a colocar em ordem cronológica algumas lembranças de  alguns fatos ocorridos durante a minha vida.  Sempre tive problemas com profecias direcionadas a mim, principalmente  pelo fato de que muitas delas eram fruto apenas de impressões humanas a meu respeito ou pura tentativa de manipulação ou chalatanismo.

                      Nessa postagem  passo a relatar algumas histórias referentes a algumas profecias que recebi e alguns fatos ocorridos.

                      Me converti muito novo e de fato não sei ser outra coisa a não ser cristão.  Aos 13 anos já fazia parte do grupo de evangelismo da igreja.  Fui batizado aos 13 anos e  cerca de um ano depois o pastor que me batizou foi disciplinado por ter sido pego em adultério.  O pastor era um jovem que deveria ter uns 20 anos na época, mas que pregava e ensinava muito bem, a igreja crescia cerca de 20 a 30 batismos por mês. Nunca ví isso em nenhuma igreja que participei.  Ao ser disciplinado resolveu abrir a própria igreja e rachou a igreja levando mais da metade de seus membros. Eu fiquei balançado pois gostava das pregações e ensinos dele e eu ainda estava em minha formação cristã e ainda não tinha noção da gravidade que o adultério representa pra vida de um cristão, principalmente pastor.  Eu não falei nada com ninguém.  Por essa época eu trabalhava em meu primeiro emprego, uma papelaria. Junto comigo trabalhavam dois cristãos de uma igreja que na época estava começando, era a igreja evangélica Maranata aqui de nova Friburgo. Eu estava arrumando o depósito da papelaria e a irmã me disse: Claudiney; tenho uma palavra de Deus para você! Isso me soou muito estranho. Naquela época eu era da Universal e na Universal não existe profecia. Ela disse: "Deus mandou te dizer: Não é hora ainda de você sair de onde você está. Deus tem um ministério na tua vida mas só vai acontecer quando Deus te der a tua esposa."  Embora não entendesse, não saí de onde eu estava pelos próximos 4 anos. 

                       Esses 4 anos de Universal pareceram uma eternidade. Fiz evangelismo em várias cidades próximas, dirigi cultos de ar livre, plantei núcleos (pontos de pregação, semelhante a congregações), cheguei a ser cotado para ser enviado para o Instituto Bíblico da Universal  para ser enviado como missionário para a África (parece loucura, mas um amigo meu foi, tornou-se Bispo lá e acabou voltando porque adulterou com uma obreira, tendo perdido tudo.) Estava exausto, estressado, destruído por dentro, mais dúvidas do que certezas. 

                     Tornei-me metodista.  Passaram mais alguns anos e em uma crise da igreja quando o pastor João deixou de pastorear a igreja e o pastor Nilton Garcia assumiu a igreja, tradicionalíssimo, a igreja rachou, tendo quase que a totalidade dos jovens ido se membrarem na Metodista Central. 

                     Por essa época, assumiu o controle da Universal no Brasil o Bispo Renato Suhett, oriundo da igreja de Nova Vida, tentou transformar a Universal em uma igreja Evangélica carismática.

                    restringiu os cultos de libertação ao culto de 6ª feira, estimulou a criação de grupos de louvor e as obras sociais. Fui procurado. Viram nos arquivos o quando de injustiças e abusos eu sofri por mãos de pastores anteriores. Me pediram perdão, me pediram uma segunda chance. Estava em crise com a igreja Metodista e acabei aceitando voltar pra Universal, assumindo junto com um casal o trabalho com os jovens e também a direção de um núcleo no bairro de Debossan em uma comunidade muito carente onde ajudávamos com compras e roupas e outras doações. a coisa lá era tão crítica que quando chegamos, a famíllia que nos acolheu morava em barraco com chão de terra batida e as crianças tomavam água com fubá na falta de leite. 

                        Não posso dizer que não foi um resgate de minha paixão pelo evangelismo que minha primeira fase na Metodista havia matado, mas eu não cabia mais ali. Não cria nas mesmas coisas, não tinha espaço para nada daquilo mais.

                         Fui para a Metodista central, Onde estavam o pastor João Batista e os demais jovens da Metodista de Olaria, mas eu estava um caco.  Chegou a época do carnaval e a filha do pastor João Batista ( Márcia ) tinha me convidado para ir a um retiro em Santo  Antonio de Pádua na igreja Metodista de lá.   Não queria ir, mais fui.  Chegando lá, desde o primeiro dia comecei a conversar com a Kelly ( a mulher da minha vida )  e ficamos juntos no retiro inteiro.   Começamos a namorar. 

                       Aquele retiro foi uma das experiências mais tremendas que eu tive em toda a minha, Tive ali uma verdadeira experiência Metodista do coração aquecido, à semelhança de Jonh  Wesley.  Estou aqui escrevendo e as lágrimas caem do meu rosto enquanto escrevo.  Cada irmão que ministrava e testemunhava, Deus rasgava mais um pedaço do meu coração até não sobrar mais nada.  No último dia, último culto, quem estava ministrando era a irmã Edimar que era  a líder de oração da igreja.  Eu chorava de soluçar, não sentia meus pés, como se eu flutuasse. Ela chamou eu e Kelly a frente, e se dirigiu a mim: " Deus manda te dizer, hoje estou te dando tua esposa e teu ministério conforme te prometi lá atrás".  Se dirigiu a Kelly e disse:  "vocês vão passar por muitas coisas juntos, mas sou eu que farei isso".  casamos 9  meses depois.  as histórias que se seguram estão em outra postagem nesse blog.  

                        Anos mais tarde, já na Assembleia de Deus, estava como coordenador de discipulado e exercendo a função de obreiro. quando ia ser consagrado a obreiro, o pastor me disse: "Eu deveria estar te consagrando a pastor, mas  para não causar ciúmes vou te consagrar a obreiro". 

                       Veio mais um carnaval e dessa vez fui para uma fazenda em, Cantagalo. Lá fiquei em uma fazenda junto com irmãos da Metodista Wesleyana e estávamos sendo ministrados por uma pastora da Igreja Quadrangular. Tive junto com eles ali experiências profundas na área de libertação em algumas visitas que fizemos. Em um momento de culto ela se dirigiu a mim e disse: " O senhor manda te dizer: Eu quero que você seja pastor, mas o homem  não quer, está lutando contra a obra que eu tenho na tua vida." disse ela ainda: " Eu vou te enviar para um lugar difícil, uma sinagoga de Satanás e ali você fará o que eu mandar." E ela sem me conhecer me consagrou a pastor ali. 

                         Passado não muito tempo fui desafiado a plantar uma igreja em um dos bairros aqui em Friburgo, Maria Teresa.  Fui pra um bairro onde a igreja não tinha nenhum membro, sem recusos financeiros, sem apoio algum e 2 meses depois tinhamos ali  cerca de 30 pessoas nos cultos de quinta-feira e 3 pessoas para  serem recebidas como membro e duas adolescentes para batizar.  Tive o apoio firme ali  da Eliane que  era da minha classe de discipulado e da Simone que foi recebida ali como membro. Ficaram conosco durante todo o tempo que estive  ali. Eu me tornei o único dirigente de congregação que não era presbítero, o que me colocava em uma situação inusitada pois  participava das reuniões de pastores sem ser.  Veio uma nova consagração na igreja  e o pastor chamou eu e Kelly para conversarmos. Ele nos disse; " Deus quer que eu te consagre a pastor, mas eu não quero!" As palavras da pastora Isabel ditas a algum tempo vieram em minha mente. Eram as mesmas que acabara de ouvir da boca do pastor! E então fui consagrado ao presbitério e o presbítero Wander foi consagrado ao pastorado, mas usando o mesmo ritual ( o ritual de consagração de presbítero e de pastor na Assembleia de Deus de Deus são diferentes. ) Em resumo: Ele usou o ritual para fazer o que Deus o estava obrigando a fazer, porém externamente negando o que estava fazendo!

                        Poucos meses surgiu uma situação: O pastor Wander, que era tesoureiro da igreja saiu da igreja e a pessoa que era da confiança do pastor para assumir a tesouraria era o presbítero Vanderley que estava pastoreando em  Sumidouro. Ele retirou Vanderlei de Sumidouro e após testar outros pastores lá, a unica opção que ele conseguiu para lá fui eu. Lá fui eu, com caminhão de mudança com minha família, deixando tudo pra trás para assumir a igreja como dirigente. Meses depois fui eleito pastor da igreja por unanimidade e ali fiquei por 6 anos.

                       Quanto à parte da "Sinagoga de Satanás", pouco tempo após assumir a igreja, tive um sonho onde alguém moribundo se levantava em meio a pregação e dizia: " Aqui não pode pregar isso não!" e aí se levantava e saia levando junto um grupo. Esqueci do Sonho. Um determinado dia um homem que frequentava a igreja já a alguns anos, um agiota conhecido da cidade; pediu para falar comigo. Marquei um atendimento, ali conversando com ele, fomos orar. Ele manifestou um espírito maligno que me disse: Não estou satisfeito contigo porque você está dizendo coisas que nunca disseram aqui. Imediatamente lembrei onde ele sentava na igreja, no mesmo local do sujeito maltrapilho do sonho e das vezes que ele agradou pastores anteriores com churrascos, almoços e outras coisas mais. 

                       Lembrei que a pessoa que tocava e cantava na igreja e recebia para isso era envolvida com jogos de azar e tocava em bailes da cidade e recebia para isso.  

                       Lembrei das coisas que me disseram que eram tabu serem pregadas ali, sobre o risco de não  ficar ninguém na igreja.

                       Pensei nas lutas que teria que travar para trazer a igreja novamente a uma espiritualidade e teologia saudável. 

                        Acabava de verificar que realmente tudo o que havia passado até então era uma preparação para algo que teria que fazer ali.

                      Posso dizer que minha passagem por aquela cidade e pelo bairro Maria Teresa foram duas das experiências em que mais enfrentei situações de libertar pessoas possessas por Satanás. mais essas são histórias para outra hora.